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CARÊNCIA DE VITAMINA D E SINTOMAS

Em 2020 foi publicado na revista Archives of Osteoporosis um estudo que procurou analisar o défice de Vitamina D na população portuguesa, tendo sido constatado que apenas um em cada três portugueses apresentam níveis normais desta vitamina, e que a sua carência é um problema de saúde pública de nível mundial que em Portugal é ainda desvalorizado.

As consequências mais evidentes deste défice são problemas ósseos e musculares, com uma maior propensão para fraturas com pequenos  traumatismos e, nos casos graves, podem surgir dores ósseas e musculares espontâneas, falta de forças e cãibras.

Segundo o National Health and Nutrition Examination Survey, foi ainda encontrada uma relação causa efeito entre maior risco de episódios depressivos e deficiência de Vitamina D.

O mecanismo através do qual a vitamina D desempenha o seu papel na saúde mental ainda não é claramente compreendido, mas sabe-se que a vitamina D, na sua forma ativa, aumenta o metabolismo da glutationa nos neurónios, portanto, promove a atividade antioxidante que os protege de processos oxidativos degenerativos. Além disso, contribui para a produção ativa de dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e motivação.

A alimentação tem um contributo escasso para suprir as necessidades fisiológicas desta vitamina, especialmente através de peixes gordos selvagens, gema de ovo e alguns cogumelos.

A exposição solar e a suplementação são as duas outras formas de conseguir atingir os níveis ideais de vitamina D.

FONTES:

International Archives of Medicine, 2010, 3:29 doi:10.1186/1755-7682-3-29

Duarte, C., Carvalheiro, H., Rodrigues, A.M. et al. Prevalence of vitamin D deficiency and its predictors in the Portuguese population: a nationwide population-based study. Arch Osteoporos 15, 36 (2020).

https://doi.org/10.1007/s11657-020-0695-x

Dra. Armanda Araújo
Dra. Armanda Araújo
Nutricionista – 5141N